Enquanto o Brasil se apressa, o Nordestino demonstra que o afeto não é pressa: o presente é planejado com até meses de antecedência, valorizando a intenção
Em um cenário nacional onde as relações se tornam mais seletivas e intencionais, uma pesquisa inédita da Natura e Grupo Consumoteca, intitulada “A Nova Arquitetura do Afeto: o presente e as relações no Brasil”, comprova que o presente físico é o “ativo de vínculo” mais valioso para resgatar conexões perdidas, superando o baixo esforço da transferência bancária, como o PIX.
O estudo, realizado com 1.296 entrevistados em cinco regiões do país, coloca o ato de presentear no centro da estratégia de reconexão. Entre os achados do levantamento consta que o consumidor do Nordeste é o mais intencional, planejado e afetivo do país na hora da compra.
No Nordeste, presentear é um gesto de carinho profundamente valorizado e planejado com até meses de antecedência, liderando o ranking nacional de organização na compra com 14%, quase o dobro da média nacional. Os nordestinos também são os que menos sofrem com a falta de ideias de presente – apenas 36% relatam essa dificuldade, o menor índice do país. O dado aponta para uma lógica mais afetiva e ritualizada da troca, em que pensar o presente já é parte do cuidado. No Brasil como um todo, a realidade é outra: metade dos entrevistados vê na falta de ideias o principal obstáculo para ser um bom presenteador.
Entre os itens de beleza, a perfumaria é a mais forte no ato de presentear pessoas próximas, sendo o presente universal por excelência por equilibrar atenção e reciprocidade. As fragrâncias são a categoria líder entre parceiros e cônjuges, e fortes opções para filhos e círculos sociais mais distantes.
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