O Conselho Estadual de Cultura da Bahia concedeu nesta sexta-feira (4/7) uma Moção de Aplausos ao jornalista, produtor cultural e ativista Genilson Coutinho, em reconhecimento à sua trajetória de mais de 17 anos dedicada à promoção da cultura e da visibilidade LGBTQIAPN+ no estado. A homenagem foi proposta pelo conselheiro Filipe da Silva, representante do Segmento Culturas Urbanas, em Salvador.
Fundador e editor-chefe do site Dois Terços, veículo pioneiro na cobertura de notícias e na valorização da produção artística LGBTQIAPN+, Genilson se consolidou como uma referência nacional ao registrar, divulgar e fortalecer manifestações culturais diversas, atuando também em projetos sociais, eventos e espaços de formação. Entre suas realizações estão a criação do espetáculo Soul Transformista – Mereço Respeito, a organização da Semana LGBTQIAPN+ no Shopping da Bahia, o Festival do Orgulho no Aeroporto de Salvador, a produção do documentário Rua Carlos Gomes e a exposição Até Quando, além de iniciativas voltadas à memória e ao enfrentamento da LGBTfobia.
Ao agradecer a honraria, Genilson ressaltou a importância do reconhecimento institucional às trajetórias de pessoas LGBTQIAPN+ que movimentam a cena cultural baiana, muitas vezes sem visibilidade oficial.
“Para mim, é muito importante, e ao mesmo tempo muito especial, receber essa honraria neste conselho tão relevante, que pensa e faz a cultura da nossa cidade. É também uma forma de afirmar que nós, pessoas LGBTQIAPN+ que fazemos arte nesta cidade, nas mais diversas linguagens — seja nos bastidores do teatro, seja nos palcos —, existimos e precisamos ocupar esses espaços. Por isso, é uma grande honra estar aqui sendo homenageado e poder representar a minha comunidade neste importante Conselho de Cultura do Estado da Bahia”, afirmou Coutinho.
A Moção de Aplausos também destaca que a atuação de Genilson Coutinho contribuiu para construir um verdadeiro patrimônio imaterial, documentando festas, artistas, lutas e conquistas da comunidade LGBTQIAPN+ com afeto, dignidade e compromisso histórico. Assim, o Conselho Estadual de Cultura, reconhece que sua trajetória é um exemplo de engajamento e transformação social, fortalecendo o direito à memória, à liberdade e à diversidade na cultura baiana.
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