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Projeto ‘Mulher com a Palavra’ estreia programa na TVE em edição especial de aniversário

Responsável por amplificar as vozes das mulheres brasileiras, o projeto da Maré Produções Culturais, ‘Mulher com a Palavra’, chega à sua quinta edição em formato diferente. Por conta da pandemia e da necessidade de distanciamento social, as tradicionais reuniões presenciais foram substituídas, neste ano, por um programa de TV. As exibições serão comandadas, mais uma vez, pela apresentadora e jornalista Rita Batista, aos domingos, às 18h, na TVE, com transmissões no canal de YouTube do projeto: https://instagram.com/mulhercomapalavra_?utm_medium=copy_link. Mais informações no Instagram @mulhercomapalavra. 

A iniciativa segue ressaltando a importância conceitual dos encontros, vivências e diversidade – os três pilares que movem esta ação, que conta com realização a partir da Lei de Incentivo à Cultura, patrocínio da Novelis e da Avon, o apoio da Bahiagás e da Secretaria de Políticas para as Mulheres do Estado da Bahia. A realização é da Maré Produções Culturais, Secretaria Especial da Cultura, Ministério do Turismo e Governo Federal/Pátria Amada Brasil. A direção é de Dayse Porto, produção executiva de Fernanda Bezerra e roteiro de Marília Moreira e Paula Janay.

Para a comunicadora Rita Batista, que acompanha e participa do projeto desde a sua criação, em 2016, o ‘Mulher com a Palavra é necessário, uma vez que a sociedade brasileira é machista, classista, heteronormativa, racista, homofóbica, transfóbica e lesbofóbica. “Nós somos contra tudo isso, propondo um evento onde aquelas que historicamente foram silenciadas são as protagonistas”, declara.

Diálogos feministas

Com estreia neste domingo, dia 25, na TVE, o primeiro encontro desta edição vai abordar o tema ‘Afetividades’, e terá como convidadas: a arquiteta e urbanista Joice Berth, a multiempresária Ana Paula Xongani e a chef de cozinha e comunicadora baiana Lili Almeida. O programa falará sobre o direito e importância de amar e ser amada, sobre autocuidado, autoestima e o fortalecimento de mulheres – muitas vezes vulnerabilizadas pela cultura do machismo. Solidão, relacionamentos abusivos, culpa materna são alguns dos pontos que serão discutidos, considerando as interseções raciais, geográficas, etárias, de orientações sexuais, entre outros.

Cada programa debaterá uma ideia central e será marcado pela conversa livre, pela escuta e pela troca. Na próxima reunião, agendada para o dia 29 de agosto, Eliane Potiguara e Sandra Benites, lideranças e intelectuais de diferentes povos brasileiros, falarão sobre suas trajetórias e as propostas das mulheres indígenas para um mundo melhor em ‘Originárias’. Já na exibição de 26 de setembro, o tema abordado será ‘Mulheres e Ciência’, com a mestra e doutoranda em estudos feministas Carla Akotirene e a primeira mulher negra brasileira doutora em Física, Sônia Guimarães. Elas vão conversar sobre as importantes contribuições das mulheres no meio científico brasileiro e mundial, a despeito de serem minoria e muitas vezes não reconhecidas.

O último programa da edição, previsto para ser apresentado no dia 31 de outubro, trará as perspectivas das artistas negras sobre o presente e apontando para o futuro, ultrapassando barreiras espaço-tempo, em ‘Afrofuturos’. Aqui, convidadas de peso: a fundadora da Inventivos, plataforma de aprendizagem para o futuro do trabalho, Monique Evelle, a cantora Margareth Menezes e a rapper, historiadora, turbanista e escritora Preta Rara, que contarão como os desdobramentos do conceito de afrofuturismo servem para provocar conversas entre mulheres pretas brasileiras, de diferentes idades e trajetórias, diaspóricas, com identificações. Neste contexto, a estética afrofuturista representa também uma libertação de estigmas e novas ferramentas de expressão e transformação.

Fotos: Caio Lírio/Divulgação