Cultura & Lazer

Exposição no Museu do Recolhimento dos Humildes homenageia o Bembé do Mercado

Como parte dos festejos do Bembé do Mercado em Santo Amaro, o Museu do Recolhimento dos Humildes recebe a partir de 12 de maio a exposição “Egbé Ojá – 133 anos de Bembé do Mercado”. Realizada em parceria com a Prefeitura de Santo Amaro e a Associação Beneficente Bembé do Mercado, a ação tem o intuito de valorizar as simbologias dos terreiros de candomblé, assim como trazer reflexões sobre a cultura negra, sobretudo em seu sentido religioso e artístico.

Anualmente, o Largo do Mercado Municipal de Santo Amaro se torna palco de uma grande cerimônia de candomblé que reúne vários terreiros da região: o Bembé do Mercado. “Trata-se de uma das principais manifestações populares do Recôncavo, que, além de manter viva uma importante tradição, movimenta a economia local”, explica a coordenadora do Museu do Recolhimento dos Humildes, Paola Publio.

Por meio de fotografias e de peças inspiradas nos terreiros participantes da Associação que remetem a elementos representativos, a exemplo de búzios e palha da costa, a exposição “Egbé Ojá – 133 anos de Bembé do Mercado” homenageia a festividade reconhecida como patrimônio cultural pelo Iphan e pelo Ipac.

Bembé do Mercado

A manifestação religiosa e cultural teve início em 13 de maio de 1889, quando o pai de santo João de Obá juntou adeptos do candomblé para celebrar a abolição da escravatura que tinha ocorrido no ano anterior. Em 2022, quando o Bembé completa 133 anos, os festejos acontecem de 11 a 15 de maio. São três dias de comemoração no mercado, além de shows à noite, missa na Igreja da Purificação e entrega do presente a Iemanjá na Praia de Itapema no domingo.

O Museu do Recolhimento dos Humildes funciona de segunda a sexta, das 9h às 16h, na Praça Frei Bento, em Santo Amaro. A entrada é gratuita, mas está condicionada à apresentação do comprovante de imunização contra a Covid-19. O espaço é administrado por meio de um Convênio de Cooperação Técnica e Administrativa pela Diretoria de Museus do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Dimus/Ipac).

Fonte: Ascom/Dimus/Ipac